Após a 2ª Guerra Mundial, a pobreza se assola em
países europeus, na Itália, por exemplo, era um solo fértil para o comunismo,
que prometia soluções para o fim da pobreza e injustiças econômicas. A América
tinha receio de que a Itália e a Europa Ocidental se voltassem ao comunismo,
que se mostrava como uma esperança para um mundo melhor em meio à miséria e
desestabilidade econômica.
A
União Soviética oferecia um modelo alternativo para a sociedade; propriedade
pública em uma economia centralmente planejada, ou seja, um contraste à crença
ocidental de uma economia diversificada e de livre comércio. Havia uma
preocupação de que os comunistas da Europa Ocidental se tornassem ativos,
levando a economia ao colapso, o que poderia facilmente ocorrer se nenhuma
providência viesse a ser tomada. Se isso viesse a acontecer, as chances dos
soviéticos se expandirem e influenciarem a Europa Ocidental eram grandes.
A
Europa se encontrava economicamente desestruturada, sem recursos financeiros, falida,
em meios a escombros e ruínas, além das pessoas que lutavam para sobreviver. O
apelo do comunismo era cada vez maior e por isso, Harry Truman, o então
presidente estadunidense, decidiu combater o comunismo, com o objetivo de
conter sua expansão e, em 12 de março de 1947 assumiu o compromisso de defender
o mundo da ameaça comunista.
Com a disposição do recentemente nomeado Secretário
do Estado, o General Marshall, este viria com a resposta dos Estados Unidos
frente a esta preocupação da iminente “invasão” comunista. Assim, foi elaborado
o Plano Marshall, o nome, em referência ao general, seu inventor. Este plano
tinha como objetivo a reconstrução da Europa, era um plano de resgate europeu,
o qual bilhões de dólares seriam necessários. Marshall propôs ajuda à Europa em
uma vasta escala.
Em tese, o Plano Marshall era aberto tanto para o
leste como para o oeste da Europa, tendo também como objetivo beneficiar países
com influência soviética, a fim de trazê-los para seu lado, para o lado do
capitalismo, porém, como não aceitaram, não entraram no plano. A União
Soviética também foi chamada para participar do Plano, porém, seu líder Stalin,
negou o convite e acrescentou que o plano era uma estratégia capitalista, por
isso, os outros países que sofriam influências socialistas não fizeram parte.
Os países que se beneficiaram do plano foi a
Alemanha, Inglaterra, França e Itália, que receberam cerca 17 bilhões de
dólares, resultando um crescimento praticamente imediato na área agrícola,
econômica e industrial. Vale ressaltar que a ajuda foi realizada por meio de
empréstimos financeiros.
O
Plano Marshall foi uma estratégia de fortalecimento do capitalismo e da
hegemonia mundial dos Estados Unidos sobre determinados países europeus, pois,
além de possibilitar a reconstrução desses Estados capitalistas e sua
recuperação econômica, aumentou o vínculo deles com os Estados Unidos,
inclusive nas relações comerciais, aumentando as exportações norte-americanas
para a Europa Ocidental e, consequentemente, expandindo sua influência política
sobre tais regiões e impondo seus princípios.
Outro ponto também é que o Plano Marshall
possibilitou o fortalecimento dos países capitalistas frente ao socialismo, já
que este Plano tinha como objetivo impedir a expansão do comunismo (Doutrina
Truman).
Por meio desse Plano, países da Europa Ocidental se
tornaram prósperos durante a década de 1950, crescendo economicamente como
nunca antes, porém, quem realmente cresceu, ganhou forças e se consolidou foram
os Estados Unidos, que ganhou dependentes econômicos, espalhou sua ideologia
capitalista por esses países e outros continentes, evitando qualquer tipo de
intervenção comunista.
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